Famel na Vanguarda.

Esta reportagem foi integralmente retirada do nº 40 da Revista Motojornal de 10/ 1995.

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A Famel parece finalmente em condições de iniciar, em principios do proximo ano a produção da sua inovadora Scooter electrica, um projecto que tem despertado grande espectativa no mercado europeu.

Com efeito o projecto pareceu ser esquecido depois de à 2 anos atrás ter produzido um protótipo ( na foto), que imediatamente  teve o apoio do governo Francês, comprometendo-se este a financiar em 3000 Francos todos os seus subditos que comprassem o modelo Famel. Na realidade, a ideia foi assediada de propostas de vários grupos internacionais, e enquanto a Peugeot se dedicou a desenvolver um projecto identico, com base na tecnologia utilizada pela Famel, o assunto foi delicadamente afastando-se das páginas dos jornais.

Contudo, existiram razões para o adiamento do inicio da produção em série: de acordo com Senas da Fonseca, administrador da empresa, a ausência de noticias teve a ver com uma série de negociações entretanto levadas a cabo com um grupo Norte- Americano que se propunha a comprar e levar consigo todo o Know- How e tecnologia reunidos pela Famel.

Simultaneamente, os técnicos Portugueses não estiveram parados e remodelaram completamente a tecnologia utilizada, conseguindo apresentar agora um modelo praticamente novo, que veio tornar obsoletas as soluções anteriormente propostas nos primeiros protótipos ( os tais que serviram de modelo ao projecto da Peugeot). Declinada a proposta Norte- Americana e praticamente concluida a cadeia de produção do novo modelo, o arranque da indústria espera agora apenas que se concretizem alguns apoios estatais para iniciar a produção em série a um ritmo de 10.000 Scooters por ano, já em 1996.

A Famel electrica apresenta-se assim com uma autonomia real de 60km graças às novas baterias à base de chumbo ( as do protótipo eram à base de Niquel e Kadmio) e o volume livre para a sua instalação foi aumentado graças à eliminação da transmissão- o motor está assim directamente acopolado à roda traseira, sem perdas. Para mais, uma simples tomada electrica( no estrangeiro existem já projectos para criar locais de reabastecimento em parques de estacionamento) é suficiente para, em seis horas, recarregar a 100%  as baterias.

Em Dezembro várias dezenas de unidades deverão ser já entregues a instituições estrangeiras, para só em 1996 começarem a aparecer no mercado nacional, a um preço que se situará entre os 430 e os 450 mil escudos.