Bicimota 90 - Salão para o futuro.

Esta reportagem foi  retirada de uma revista Motojornal dos anos 90. O texto é da responsabilidade de F. Pedrinho Martins e as fotos são da responsabilidade de Jorge Morgado.  Nesta secção as reportagens podem não ser copiadas na totalidade, conforme o  interesse que tenham para a temática deste site.

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Inserida numa zona fortemente industrializada, a Bicimota posiciona-se num futuro próximo como um evento que poderá atingir elevada importância, sobretudo se atender à proximidade de toda a zona Porto-Minho e ao facto de o salão lisboeta se realizar de dois em dois anos, o que poderá levar a Bicimota a tornar-se num certame de projecção nacional, alternando com a Motor Expo, da cidade alfacinha.

 

A nova Macal R50 tem "ARES" de Malaguti RST50, dispondo de uma vasta área carenada, arrefecimento liquido e travões de disco.

 

As realizações ligadas ao veículo de duas rodas conheceram este ano um surto que encerra, simultaneamente, aspectos positivos e negativos. Pelo lado positivo poderá referir-se um maior contacto directo com o público que tem oportunidade de ver de perto e sentir a moto, criando-se uma relação que poderá afastar certos "fantasmas" e temores que desde sempre têm acompanhado o veículo de duas rodas.

 

 

Chama-se Ariana e monta um monocilindrico Casal 125, com arrefecimento líquido e admissão por lamelas.

 

No entanto, surgem também alguns pontos negativos. Com efeito, este "boom" de exposições tem como consequência um sobrecarregar dos orçamentos dos importadores e construtores que se vêm na obrigação de escolher alguns dos que, na sua óptica, consideram mais importantes levando a um decréscimo da qualidade não só dos expositores, como do próprio Salão em si. Nos certames realizados em Portugal este ano, verificaram-se sempre algumas ausências de vulto e a Bicimota não foi excepção, registando a falta da Honda, Yamaha e Aprilia. No entanto registou-se em Aveiro a estreia da gama de 90 da Kawasaki e da gama DR da Suzuki, além de uma série de modelos da indústria motociclistica portuguesa que, quer-nos parecer, já começou a compreender as implicações que o ano de 1992 trará ao mercado, tendo para isso iniciado um sério processo de reconversão com vista a melhorar qualitativamente as suas produções.

 

Branco e vermelho são as novas cores da nova Casal RZ 50, um modelo económico equipado com carenagem de farol, radiador e jantes de braços.

 

É por isso que advogamos a realização de um Salão anual de cariz nacional, com a presença de todos os importadores e construtores nacionais, sendo os restantes eventos conotados com um aspecto mais regional, com as representações a cargo dos agentes para a zona.

 

A Feeling está de volta, pintada em vermelho-vivo, surge com um "look" mais desportivo. No entanto, o farol dianteiro continua mal integrado na carenagem.

 

Atendendo a que Lisboa constitui o principal mercado motociclístico nacional, todos estarão de acordo que a Motor Expo constitui a principal referência em termos de realizações anuais. A Bicimota, pelas razões que acima apontámos, surge, atendendo ao contexto sócio-económico da região em que se insere, como a principal alternativa para ocupar o ano de intervalo entre cada realização da Motor Expo. Será assim? O futuro encarregar-se-á de dar resposta.

 

A dream  é uma simpática "moped" da Famel, equipada com monoamortecedor traseiro e motorização Zundapp.

 

Um dos modelos mais espectaculares da indústria nacional é a Fundador Fera, uma cinquenta que personifica a viragem qualitativa dos modelos nacionais.

 

GTR é a designação da nova  EFS, que vem equipada com uma carenagem integral, farol de dupla óptica. A suspensão traseira está a cargo de dois amortecedores. Pintada de cinzento - escuro, a moto torna-se muito "apagada" e discreta.